O
presidente da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), defendeu que os Jogos
Olímpicos de 2016 não devem ficar restritos à capital fluminense. O parlamentar
lembrou que o município de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, por
exemplo, possui a melhor raia para competições à vela no mundo. O discurso fez
parte da abertura, nesta sexta-feira (25/11), do seminário sobre o papel do
Poder Legislativo no legado dos megaeventos esportivos de 2014/2016, uma
parceria do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de
Janeiro e da Comissão Especial da Alerj do Legado dos Eventos Esportivos de
2011, 2014 e 2016, presidida pelo deputado Nilton Salomão (PT).
“São
dois megaeventos que vão influenciar as atividades econômicas do estado. Vamos
precisar do esforço de todos. Temos que saber onde podemos ajudar e onde
podemos ser ajudados, o que vai sobrar para a Região Metropolitana do Rio e o
que podemos oferecer. Não se trata só da cidade do Rio de Janeiro. Temos que
buscar levar os jogos para outras cidades. A melhor raia de vela do mundo fica
em Búzios e isso quem diz é a Associação Mundial de Vela. Temos uma lagoa
fantástica em Araruama.
São inúmeros atrativos. Essa cumplicidade se faz necessária
para ter sucesso e para credenciar o Brasil na busca por novos eventos. Vamos
acabar de vez com a história de que países que não são do primeiro mundo não
conseguem realizar eventos assim”, comentou Melo.
O
presidente da Comissão Especial do Legado também acredita que o interior deve
servir aos jogos olímpicos. “Claro que a imagem maior que o mundo todo vai
receber será da cidade do Rio de Janeiro, mas entendemos que outras cidades que
também tem potencial devem estar integradas. Várias cidades já estão inscritas
para fazerem aclimatação para a Copa e para as Olimpíadas”, disse.
|
O Presidente da (APO), Autoridade Pública Olímpica Márcio Fortes |
O presidente
da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, fez coro com os
parlamentares: “Aqui não vai ser como Londres, onde tudo estava concentrado em
uma única área. Teremos várias áreas de atuação. Temos que ter mobilidade para turistas,
imprensa, atletas, atletas paraolímpicos, juízes, animais e equipamentos que
virão do exterior. Temos que fazer uma olimpíada sem alterar a vida da cidade”,
anunciou Fortes.
Ele
ainda ressaltou que o País tem que se preocupar com as obras de infraestrutura,
mas também precisa investir na conquista de medalhas, na formação de novos
atletas e nos programas de incentivo aos desportistas de ponta. “Para 2016,
estamos pensando nas obras e nas melhorias do Rio, mas quero medalhas. E
ganhá-las passa por investimentos em infraestrutura e pelos programas de
incentivo. Em 2020, teremos muito mais atletas de ponta devido aos trabalhos
que estamos fazendo para 2016”,
comentou Fortes.
O
subsecretário de Estado de Esportes do Rio de Janeiro, Nilo Sérgio, afirmou que,
somente com a Copa de 2014,
a economia brasileira sofrerá um impacto de R$ 57,2
bilhões. “Além dos cerca de 12 milhões de empregos diretos e indiretos entre
2010 e 2014, haverá um impacto econômico de R$ 57,2 bilhões em razão somente da
Copa de 14. Serão benefícios na construção civil (R$ 8,14 bilhões), em serviços
prestados às empresas (R$ 6,5 bi), em serviços imobiliários e aluguel (R$ 4,4
bi) e no comércio (R$ 3,7 bi)”, comentou Sérgio, que, como exemplo de sucesso,
trouxe informações sobre as competições da Alemanha e da África do Sul.
No
país europeu, em 2006, foram 3 milhões de espectadores, em 12 estádios, 18
milhões de espectadores nas festas oficiais, em 12 sedes, 500 estações de TV
transmitido os jogos, 4.250 jornalistas, 1.200 fotógrafos, 13.400 profissionais
de TV e rádio, 240 países e 4,2 bilhões de acessos no site do evento. Já na
África do Sul, em 2010, foram US$ 3,1 bilhões em patrocínio e direitos de
transmissão, com retorno para o Governo local de US$ 1,2 bilhões, arrecadados
em taxas governamentais, 350 mil visitantes gastando US$ 1,6 bilhões e uma
estimativa de 130 mil empregos criados até 2010. “Os nossos desafios são
consolidar o estado como o principal destino mundial do esporte, dando
visibilidade internacional, infraestrutura completa, calendário de eventos
sustentáveis, além de fazer o poder público e a iniciativa privada estarem
comprometidos com o esporte”, frisou o subsecretário.
Durante
o seminário, o deputado Nilton Salomão reclamou das ausências dos
representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) e garantiu faltar diálogo entre essas entidades e o Governo.
Participaram também do evento desta sexta-feira os deputados Enfermeira Rejane (PC do B), Bebeto (PDT), Aspásia Camargo (PV), Paulo Ramos (PDT) e Luiz Paulo (PSDB); a vereadora Andrea
Gouvêa Vieira (PSDB), do Rio; a chefe da Controladoria Regional da União no
Estado do Rio, Marisa Pignataro; a coordenadora do Projeto Jogos Limpos, do
Instituto Ethos no Estado do Rio, Rita Lamy Freund; e Cláudio Poty,
representante da Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro.
O
município de Macuco se fez presente ao encontro, sendo representado pelo
Diretor de Esporte e Lazer Diogo Latini, que foi um dos poucos representantes
da região centro-norte fluminense a participar do evento. Segundo Diogo Latini,
esta proposta da ALERJ coloca os municípios do interior dentro dos megaeventos
“O Esporte está em evidencia no Brasil graças aos mega eventos que acontecerão
nos próximos anos, com isso é importante dizermos que o município de Macuco
está fazendo sua parte, através de desenvolvimento de diversos projetos
esportivos no município" Diogo Latini - Diretor de Esporte e Lazer.
Noticias: Departamento de Esporte e Lazer
Texto: Departamento de Esporte
Foto: Divulgação